sexta-feira, 12 de setembro de 2014
 Como podemos descrever algo belo? Uma pessoa, um sorriso, um dia de sol ou um dia de chuva. Alguns dizem que é relativa, já eu digo que a beleza é trivial.
 A beleza se dá nas coisas mais comuns, nas coisas mais simples. Van Gogh, por exemplo, retratou a simplicidade de sua vida e do mundo ao seu redor de maneira estonteante. Olhando suas obras nós podemos imaginar o mundo maravilhoso que aquele homem rustico enxergava, ele viu beleza em um quarto velho, em um café, num homem velho e até em uma simples casa amarela. Van Gogh viu a beleza da simplicidade.
 O que torna a simplicidade tão bonita é o fato de que o simples não se esforça. É o que é. Flores são bonitas e elas não se esforçam para isso. Elas são como Deus fez, por isso são tão belas.
 Imagine se uma rosa decidisse que a margarida é mais bonita, e tentasse ser como a margarida. Tentasse esticar suas folhas, corta-las para torna-las mais finas, tentasse mudar de cor e de perfume. A rosa jamais conseguiria ser como a margarida porque ela foi feita para ser uma rosa. Ela acabaria destruindo a beleza que só ela possui, seu cheiro único e seu formato.
 A rosa não conseguiu ser margarida porque ela nasceu rosa e vai morrer rosa. É importante ter em mente que nós nascemos nesse corpo e até o fim de nossa vida nós viveremos nesse corpo. Jamais seremos outra coisa, não importa o quanto a gente tente. Devemos ver beleza em nós porque todos nós somos lindos, somos simplesmente lindos e a simplicidade atrai admiradores. Infelizmente nem todos tem o dom de ver além do obvio, mas nós não devemos mudar por essas pessoas, nosso dever é tentar fazer com que elas vejam a beleza divina que foi nos dada.
 Tudo nessa vida tem sua beleza, uma beleza única, simples e encantadora que, para ser apreciada, precisa de atenção, paciência e carinho. As pessoas precisam começar a olhar o mundo com mais carinho para ver a beleza que nos cerca. Um campo, uma árvore, uma praça, uma criança, tudo é lindo, tudo encanta.
 Vamos abrir nossos olhos e começar a ver beleza fora dos padrões que são impostos à nós. Beleza é simplicidade, e a nossa simplicidade é o que nos torna únicos.


Velha infância que não volta mais. A vida é um atleta que corre muito rápido e deixas as boas coisas para traz. Mas ela nos permite levar lembranças, pequenas doses de nostalgia.

Minha Avó ainda é viva mas a muito tempo não vive mais comigo.
Hoje resolvi dormir mais tarde, uma quinta-feira, último episódio de A Grande Família.

Eu era pequena, mas lembro até hoje da imagem minha e de minha avó sentadas no sofá, o cobertor esquentando a noite fria de Curitiba, quinta-feira, a TV ligada na série A Grande Família. Eu e ela, rindo.

Rindo das conversas de Nenê com a melhor amiga Marilda. Marilda sempre me trouxe boas risadas, e nesse último episódio a sua volta me fez chorar.
Rindo dos "carinhos" de Mendonça para com Lineu, e rindo deste por sua incrível falta de paciência. Nesse último episódio, ele perdeu a paciência pela última vez.
Rindo de Agostinho e Bebel, ele com suas tramas errôneas e ela com seu grito espevitado: "Neguinho!" Nesse último episódio já havia três Carraras.
Rindo de Tuco e de sua completa falta de noção com a vida, queria ser mais como ele. Nesse último episódio, vi como ele mudou, para melhor.
Rindo de Beiçola e sua falta de bem querer. Nesse último episódio, o pastel ainda não tinha camarão.
Rindo de Paulão, ou melhor, "Paulão da Regulagi". Nesse último episódio, finalmente achou alguém.

Lembranças de ontem e de antes. Nostalgia.

Hoje nesta quinta-feira, neste último episódio, eu ri, eu chorei, chorei muito. Desejei minha avó ali, assistindo comigo, chorando também, talvez.
Hoje nesta quinta-feira, neste último episódio, nesta bárbara despedida, não me despedi só de:
Lineu, Nenê, Tuco, Agostinho, Bebel, Marilda, Mendonça, Paulão, Floriano e Beiçola. Da Família Silva, da Família Carrara... Que afinal de contas, é apenas uma:  A Grande Família.
Me despeço da comédia de minha meninice. Das noites que virava rindo com a minha Avó, e acabava adormecendo em seu colo.

Hoje, nesta quinta-feira, eu chorei, pois me despedi de minha infância.


quinta-feira, 11 de setembro de 2014
setembro traz muita coisa
setembro traz o ipê
ipê rosa e ipê amarelo
ipê que me lembra você

as ruas cobertas de flores
primavera chegando por fim
rosa não é tão bonito
o amarelo encanta a mim

ando por curitiba olhando
a beleza do amarelo
outras flores não se comparam
com o ipe florido tão belo

mais belo que o ipê
só uma coisa no mundo
teu sorriso encantador
iluminando
meu coração vagabundo
segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Olhos, tortura infinita.
São quatro. Sim
são quatro.
Castanhos.
claro, escuro. Ambos.
Se procuram,
se encontram,
se cruzam.
E ambos voltam para baixo.
Ambos, novamente procuram
pelos mesmos par de olhos.
Mas ambos, não sabem
oque o olhar alheio deseja.
Tortura infinita.
A aproximação é
extremamente necessária.
Mas ambos os olhares
não detêm o conhecimento
do outro sobre isso.

Tortura infinita. 

Parei pra te observar por uma fração.
A tempos não fazia tal coisa.
Senti uma palpitação no ventre
Quando reparei seu polegar na boca,
Juntamente com o restante:

Os dentes semi abertos
E a língua, provavelmente quente,
Nos dedos brancos e frios.
Os olhos castanhos
Perdidos no nada,
Debaixo das sobrancelhas grossas
E nesse momento, extremamente
Expressivas, indagando.

Me perdi em suas madeixas negras.
Nos dedos passando por elas
E logo após,
Levemente acariciando a boca.

Deus! Oque se passava na sua cabeça?
A curiosidade me fascina.
Por uma fração, intenções
nada castas invadiram meu corpo.

Apenas por uma fração!

Azul e vermelho, na frente do espelho.
"Não quero ver, não posso olhar."
"Olhe, eu disse!!"
Enrubesci.
O toque, um arrepio, voz rouca, possessão infinita.
Um castigo como benção.
Assim, ali, parados na frente do espelho.
Azul e Vermelho.


Toques de novo e novamente.
Raspada, lambida, molhada, a dentada!
Gemidos, gritos, de dor não digo.
Digo apenas uma coisa: Gemidos!
Conselho, confiança, reconciliação e amor.
Poderes infinitos sobre alguém, é considerado como atentado ao pudor?
Olhos a observavam a todo instante,
outra marca nascia.
Azul e vermelho, na frente do espelho.


Lábios superior e inferior,
de cima e de baixo.
Será que falo da boca?
Língua quente, corpo quente.
Lábio frio, boca ardente.
Mente doente.
"Não quero ver, não posso olhar!"
"Não permito que desvie teus olhos... olhe para nós, ali, na frente do espelho."
Azul e vermelho!!!


Olhei e vi.
Não, não, NÃO!
Sim, sim, SIM!
Por que, meu Deus? Por que?
"Tão gostoso"
"Tão deliciosa"
"Tão possessivo"
"Tão teimosa"
Teimosos, orgulhosos.
Olhos azuis e cabelo vermelho, ali, na frente do espelho.

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