quarta-feira, 26 de novembro de 2014

"Don't you, forget about me."


Don't, you, forget about me! Don't, don't, don't, don't.... Olá amantes dos anos 80, aqui é a Nick e bem vindos a mais uma resenha, onde eu como sempre, recomendo.




O CLUBE DOS CINCO

Filmado em 1984 e lançado em 1985, The Breakfast Club, como é originalmente chamado, é sem dúvida um filme que marcou décadas e está na memória de muito adolescente que hoje, podem ter se tornado adultos menos chatos e irritantes justamente, por causa deste filme que trago a vocês. Yaaaaaay!

Do diretor de Curtindo a Vida Adoidado (Ferris Bueller's Day Off, outro filme de mesma década do qual possivelmente falaremos em outra Resenha), John Hughes, é sem dúvida um filme que marcou toda uma geração, levando ao fato de ser um dos filmes preferidos de adolescentes, meninas e meninos, e pelo fato também de que dentre as épocas de 1980 a 2000, filmes do tipo Colegial eram os mais escritos e produzidos pelo Cinema Americano.

A história da trama é realmente simples. Cinco estudantes, com aparentemente nada em comum, se veem presos em uma sala por 8hrs e 54 minutos (sim, eu assisti várias vezes.) em pleno sábado, após terem ficado de castigo por algo que fizeram durante a semana. Entre eles, John Bender (Judd Nelson), o criminoso, mal elemento que está ali todo sábado. Claire Standish (Molly Ringwald) , a princesa,  concorrente a rainha do baile, em sua primeira vez na detenção por matar aula para ir ao shopping. Brian Johnson (Anthony Michael Hall), o cérebro, nerd participante do Clube de matemática e Física, estando ali pelo fato de que um sinalizador explodiu em seu armário. Andrew Clark (Emilio Estevez), o atleta, do qual todos esperam o melhor, está ali pois colou um nerd à privada. E por fim Allison Reynolds (Ally Sheedy), a neurótica invisível, que simplesmente não tinha nada melhor pra fazer.
Ao passar das horas, de variadas maneiras, os adolescentes acabam se abrindo uns aos outros e revelam seus segredos internos.  Allison é uma mentirosa compulsiva, Bender vem de um lar abusivo, Brian confessa que tentou se matar, Andrew retrata o fato de como vive a sombra do pai e Claire se envergonha de sua virgindade. Eles também descobrem que todos eles têm relações tensas com os pais e têm medo de cometer os mesmos erros que eles durante a vida. No entanto, apesar dessas amizades em desenvolvimento os alunos estão com grande receio que uma vez que a detenção acabe, eles retornarão a seus problemas antigos e assim, não se falem mais.
Porém, com o final do filme, os interesses vão se aflorando. Bender e Claire depois de muitas desavenças ficam juntos, assim como Andrew e Reynolds, que apesar das diferenças se identificam um com o outro, com isso tornam impossível que se separem na segunda-feira.
A pedido de Claire e com o consenso dos demais, Brian é convidado a escrever o texto pedido pelo Sr. Vernon ("Quem você pensa que é?") á todos. Brian faz isso, mas em vez de escrever sobre o tema real, ele escreve uma carta para o Diretor, muito motivadora que é, sem dúvida, o ponto principal da história. Ele termina assinando como "The Breakfast Club" e deixa na mesa da biblioteca, onde passaram todo um dia, para o Sr. Vernon lesse assim que todos saíssem da detenção.

Esse filme de curta duração traz uma grande mensagem, da qual acho que todos precisam e que sempre irão precisar. Podemos ser diferentes, mas no fundo, nossos problemas são iguais. Vivemos no mesmo mundo, na mesma sociedade, somos todos humanos, porque seria diferente? 
Não é a toa que The Breakfast marcou toda uma geração e agora, é considerado como filme Cult, um dos mais bem criticados de toda a história do cinema americano.
Muitas curiosidades ocorreram durante as gravações, como a troca de personagem. Inicialmente Emilio Estevez faria John Bender, porém como Hughes não achou ninguém para o papel de Andrew, Estevez aceitou pegar o papel. Assim também como Molly Ringwald, que tinha pegado o papel de Allison, porém implorou tanto para o papel de Claire que este acabou sendo cedido para ela, e Ally aceitou de bom grado. Ringwald e Hall namoraram brevemente após o término das filmagens. Dos cinco que interpretaram os papéis principais, apenas Molly e Anthony estavam em idade escolar, Nelson tinha 25 anos, enquanto Sheedy e Estevez foram ambos com 22 anos de idade.

O fato de O Clube dos Cinco ser um sucesso entre adolescentes que o descobrem até hoje, é simples. O filme é motivacional, a história é cativante, com o número grande de atores principais, os casais não são assim tão prováveis (fazendo com que as meninas shippem e chorem.) e o discurso motivador feito por Brian, na redação entregue para o diretor, não há como não refletir sobre.

Inicio do filme.

"Sábado, 24 de março, de 1984.
Colégio Shermer, Shermer, Illinois, 60062.
Caro Senhor Vernon, 
aceitamos o fato de que temos que sacrificar
um sábado inteiro em detenção 
pelo que quer que tenhamos feito de errado.
O que fizemos foi errado.
Mas achamos que o senhor está louco de nos fazer escrever
uma redação,
dizendo oque achamos que somos.
O que lhe interessa?
Você nos ver como quer,
Nos termos mais simples,
nas definições mais convenientes.
O senhor nos vê como:
um cérebro,
um atleta,
uma neurótica,
uma princesa
e um marginal.
Certo?
É assim que nos vemos as 07:00 da manhã de hoje.
Nos fizeram uma lavagem cerebral.

Final do Filme.

Caro Senhor Vernon,
aceitamos o fato de que temos que sacrificar
um sábado inteiro em detenção 
pelo que quer que tenhamos feito de errado.
Só achamos loucura você nos fazer escrever,
uma redação dizendo oque achamos que somos.
O senhor nos vê como quer nos ver.
Nos termos mais simples, 
nas definições mais convenientes.
Mas oque descobrimos é que, cada um de nós é:
um cérebro (voz de Brian),
um atleta (voz de Andrew),
uma neurótica (voz de Allison),
uma princesa (voz de Claire)
e um marginal (voz de Bender).
Isso responde a sua pergunta?
Atenciosamente, O Clube dos Cinco.

 E mais! Toda essa bela redação foi embalada pelo som ao fundo de "Don't you (Forget about me!)" dos Simple Minds, música que se tornou hino do filme, e novamente, de toda uma geração. Além de que The Breakfast Club, tem a uma das melhores trilhas sonoras, com canções que marcaram a metade para frente dos anos 80.
Recomendo mais do que nunca, em português ou legendado, este é sem dúvida um dos melhores filmes colegiais já feitos. 
-Nick



https://www.youtube.com/watch?v=0HND8ywYcC0 >> Don't you (Forget about Me), Simples Minds. Especial cenas do filme!

https://www.youtube.com/watch?v=IES32yLNiKU  e https://www.youtube.com/watch?v=pttNPumF_rU >> Cena da dança e do corredor , ficaram famosas no cinema.



quinta-feira, 6 de novembro de 2014
"But mostly I hate the way I don't hate you."


E ai sociedade de consumo pop! Não, esse não é o Quatro coisas. Mas sim uma pequena grande nota de um dos filmes mais populares entre as adolescente de todos os tempos!

10 COISAS QUE EU ODEIO EM VOCÊ

Pois é pessoal, esse filme lançado no final do século XX, 1999 pra ser mais exata, já atingiu milhões de pessoas, a maioria do globo terrestre já assistiu esse filme, e se não, pelo menos já ouviu falar.
Esse é um dos típicos filmes americanos, onde temos a garota que quer ser popular, o nerd apaixonado que fará de tudo pra ficar com ela, o marginal, e a garota rebelde que só será concertada pelo amor.
A última citação, a do marginal e da garota rebelde, não é assim tão comum nos filmes para adolescentes, então vamos saber um pouco mais da origem de tal coisa.

Ten things I hate about you (como é originalmente chamado nos EUA) é um filme inspirado na peça teatral de Willian Shakspeare, A Megera Domada (The Taming of the Shrew). Esta peça, uma das primeiras comédias do autor, gira basicamente em torno de um pai, que estabelece como condição para ceder a mão de sua filha à Lucêncio, um jovem forasteiro que chega à cidade de Pádua e enamora-se de imediato por Bianca. Porém, Bianca já tem um outro pretendente, mas de nada adianta já que a tal condição de Bianca se casar, é sua irmã mais velha Catarina, se casar primeiro. Os rivais, nas pretensões de casar-se com Bianca, fazem um acordo para conseguir um marido para Catarina e, assim, deixar livre o caminho para seguirem em sua disputa amorosa. Petrúquio, um nobre falido de Verona, chega à cidade em busca de um bom casamento e apaixona-se pela ideia de se casar com Catarina, proposta feita a ele por seu amigo. Aparentemente contra a vontade da moça, o casamento de Catarina e Petrúquio é realizado. Eles voltam para Verona, onde o esposo, impondo algumas privações e um tanto de mau humor à nova esposa, termina por amansá-la. Após diversas peripécias, Lucêncio e Bianca casam-se, em segredo; o pai de bianca e o pai de Lucêncio, terminam por aceitar o casamento dos jovens e, ao final, Petrúquio prova a todos que Catarina tornou-se uma esposa mais obediente que a doce Bianca, provando também que o amor é capaz de curar qualquer ato feminista de qualquer época. Romântico, não?!
Pois bem, sendo que a trama do filmes gira em torno de tal comédia de Shakespeare, a história que é contada é a seguinte: Katherine e Bianca são duas irmãs totalmente diferentes entre si. Bianca é doce, meiga e popular, já Katy inteligente, culta, e devota aos seus direitos e aos direitos feministas, rude, botando medo em muitas pessoas. A história começa quando Cameron, uma garoto inteligente e novato, se apaixona por Bianca, tornando-se amigo dela e descobrindo que ela só poderia namorar, a partir do momento que a irmã mais velha, namorasse. Seguindo por esse raciocínio, Cameron junto com seu amigo Michael, enganam Joey Donner um aspirante a modelo, popular e egocêntrico (como sempre são), que quer apenas transar com Bianca, para convence-lo a pagar alguém pra namorar a irmã mais velha de Bianca. É ai que entra Patrick Verona, um australiano com sotaque charmoso, mal elemento da escola, cercado de boatos (assim como Katy), que Cameron julga ser a pessoa perfeita para domar a irmã feminista de sua amada. Ao final, depois de muitas declarações surpreendentes, Patrick consegue Katherine, porém ele estraga tudo mentindo, como sempre. Mas o terrível fato de Katy não esquece-lo, a faz escrever um poema sobre ele, que acabou lendo para toda a sua sala de literatura. Poema este, cheio de emoção e particularmente engraçado, que faz com que os dois voltem. Ah! E Bianca percebe que Joey é um idiota e fica com Cameron. FIM! UUUUH!
Como todo bom filme americano, sempre esperamos o final feliz. Porém "10 coisas que eu odeio em você" tem um diferencial incrível, que não deixa a história massante e comum, talvez seja por tal razão, que é um dos filmes favoritos de meninas que acabaram de serem chutadas pelo namorado.
Além do fato de ser muito bem baseado em uma das comédias de Shakespeare, esse filme, tira o foco da comum história onde temos a princesinha e a megera popular. Neste caso a megera é a própria irmã, porém não perversa e cruel, mas sim no comportamento nada feminino. O foco da megera é apenas citado na melhor amiga de Bianca, diferente da série onde mais uma vez, a concentração é neste pequeno ser do inferno.
Sim, há uma série de TV chamada "10 things I hate about you" da ABC, porém um defeito da série é aquela mesma história massante do colegial, envolvendo lideres de torcida, jogos de futebol americano, e americanos loiros e burros, na verdade, está série é cheia de esteriótipos. Porém, quebra muitos deles também, por isso vale a pena dar uma olhada, já que o filme, deu pra ver que eu super recomendo.
Uma curiosidade da série é a de que o mesmo ator, Larry Miller, que interpreta o pai ginecologista e extremamente rigoroso das irmãs no filme de 1999, interpreta o mesmo papel na série de 2009.
Como uma série exige muito mais história que um filme, muitas coisas foram mudadas e adaptadas, mas ainda temos o enredo principal, porém, Patrick Verona nesta versão é realmente modinha, metido a rockeiro mal caráter (mas tem uma voz potente que dá medo '0') e Katy já é uma versão bem mais afeminada, cheia de acessórios, diferente do que deveria ser.


Como disse, recomendo muito mais o filme do que a série, a história é realmente interessante, e tem aquele ar de nostalgia que só conseguimos com filmes do século passado. Assim, deixo aqui o poema de Katy para Patrick, já traduzido, lembrando que eu não assisti em português, e mais dois links de videos pra vocês verem um pouquinho das várias versões.

"Odeio como fala comigo
E como corta o cabelo.

Odeio como dirige o meu carro, 
Odeio quando você encara.
Odeio suas enormes botas de combate 
E como consegue ler minha mente 
Eu odeio tanto isso em você 
Que até me sinto doente
Até me faz rimar.
Odeio como está sempre certo
E odeio quando você mente
Odeio quando me faz rir muito 
Ainda mais quando me faz chorar...
Odeio quando não está por perto 
E o fato de que não me ligou 
Mas eu odeio principalmente 
Não conseguir te odiar 
Nem perto disso.
Nem mesmo por um segundo
Não mesmo.


https://www.youtube.com/watch?v=pitSJF1pG3c >> Filme completo dublado.
https://www.youtube.com/watch?v=h8waAEOdv6I>> Chamada da série da ABC.






sexta-feira, 12 de setembro de 2014
 Como podemos descrever algo belo? Uma pessoa, um sorriso, um dia de sol ou um dia de chuva. Alguns dizem que é relativa, já eu digo que a beleza é trivial.
 A beleza se dá nas coisas mais comuns, nas coisas mais simples. Van Gogh, por exemplo, retratou a simplicidade de sua vida e do mundo ao seu redor de maneira estonteante. Olhando suas obras nós podemos imaginar o mundo maravilhoso que aquele homem rustico enxergava, ele viu beleza em um quarto velho, em um café, num homem velho e até em uma simples casa amarela. Van Gogh viu a beleza da simplicidade.
 O que torna a simplicidade tão bonita é o fato de que o simples não se esforça. É o que é. Flores são bonitas e elas não se esforçam para isso. Elas são como Deus fez, por isso são tão belas.
 Imagine se uma rosa decidisse que a margarida é mais bonita, e tentasse ser como a margarida. Tentasse esticar suas folhas, corta-las para torna-las mais finas, tentasse mudar de cor e de perfume. A rosa jamais conseguiria ser como a margarida porque ela foi feita para ser uma rosa. Ela acabaria destruindo a beleza que só ela possui, seu cheiro único e seu formato.
 A rosa não conseguiu ser margarida porque ela nasceu rosa e vai morrer rosa. É importante ter em mente que nós nascemos nesse corpo e até o fim de nossa vida nós viveremos nesse corpo. Jamais seremos outra coisa, não importa o quanto a gente tente. Devemos ver beleza em nós porque todos nós somos lindos, somos simplesmente lindos e a simplicidade atrai admiradores. Infelizmente nem todos tem o dom de ver além do obvio, mas nós não devemos mudar por essas pessoas, nosso dever é tentar fazer com que elas vejam a beleza divina que foi nos dada.
 Tudo nessa vida tem sua beleza, uma beleza única, simples e encantadora que, para ser apreciada, precisa de atenção, paciência e carinho. As pessoas precisam começar a olhar o mundo com mais carinho para ver a beleza que nos cerca. Um campo, uma árvore, uma praça, uma criança, tudo é lindo, tudo encanta.
 Vamos abrir nossos olhos e começar a ver beleza fora dos padrões que são impostos à nós. Beleza é simplicidade, e a nossa simplicidade é o que nos torna únicos.


Velha infância que não volta mais. A vida é um atleta que corre muito rápido e deixas as boas coisas para traz. Mas ela nos permite levar lembranças, pequenas doses de nostalgia.

Minha Avó ainda é viva mas a muito tempo não vive mais comigo.
Hoje resolvi dormir mais tarde, uma quinta-feira, último episódio de A Grande Família.

Eu era pequena, mas lembro até hoje da imagem minha e de minha avó sentadas no sofá, o cobertor esquentando a noite fria de Curitiba, quinta-feira, a TV ligada na série A Grande Família. Eu e ela, rindo.

Rindo das conversas de Nenê com a melhor amiga Marilda. Marilda sempre me trouxe boas risadas, e nesse último episódio a sua volta me fez chorar.
Rindo dos "carinhos" de Mendonça para com Lineu, e rindo deste por sua incrível falta de paciência. Nesse último episódio, ele perdeu a paciência pela última vez.
Rindo de Agostinho e Bebel, ele com suas tramas errôneas e ela com seu grito espevitado: "Neguinho!" Nesse último episódio já havia três Carraras.
Rindo de Tuco e de sua completa falta de noção com a vida, queria ser mais como ele. Nesse último episódio, vi como ele mudou, para melhor.
Rindo de Beiçola e sua falta de bem querer. Nesse último episódio, o pastel ainda não tinha camarão.
Rindo de Paulão, ou melhor, "Paulão da Regulagi". Nesse último episódio, finalmente achou alguém.

Lembranças de ontem e de antes. Nostalgia.

Hoje nesta quinta-feira, neste último episódio, eu ri, eu chorei, chorei muito. Desejei minha avó ali, assistindo comigo, chorando também, talvez.
Hoje nesta quinta-feira, neste último episódio, nesta bárbara despedida, não me despedi só de:
Lineu, Nenê, Tuco, Agostinho, Bebel, Marilda, Mendonça, Paulão, Floriano e Beiçola. Da Família Silva, da Família Carrara... Que afinal de contas, é apenas uma:  A Grande Família.
Me despeço da comédia de minha meninice. Das noites que virava rindo com a minha Avó, e acabava adormecendo em seu colo.

Hoje, nesta quinta-feira, eu chorei, pois me despedi de minha infância.


quinta-feira, 11 de setembro de 2014
setembro traz muita coisa
setembro traz o ipê
ipê rosa e ipê amarelo
ipê que me lembra você

as ruas cobertas de flores
primavera chegando por fim
rosa não é tão bonito
o amarelo encanta a mim

ando por curitiba olhando
a beleza do amarelo
outras flores não se comparam
com o ipe florido tão belo

mais belo que o ipê
só uma coisa no mundo
teu sorriso encantador
iluminando
meu coração vagabundo
segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Olhos, tortura infinita.
São quatro. Sim
são quatro.
Castanhos.
claro, escuro. Ambos.
Se procuram,
se encontram,
se cruzam.
E ambos voltam para baixo.
Ambos, novamente procuram
pelos mesmos par de olhos.
Mas ambos, não sabem
oque o olhar alheio deseja.
Tortura infinita.
A aproximação é
extremamente necessária.
Mas ambos os olhares
não detêm o conhecimento
do outro sobre isso.

Tortura infinita. 

Parei pra te observar por uma fração.
A tempos não fazia tal coisa.
Senti uma palpitação no ventre
Quando reparei seu polegar na boca,
Juntamente com o restante:

Os dentes semi abertos
E a língua, provavelmente quente,
Nos dedos brancos e frios.
Os olhos castanhos
Perdidos no nada,
Debaixo das sobrancelhas grossas
E nesse momento, extremamente
Expressivas, indagando.

Me perdi em suas madeixas negras.
Nos dedos passando por elas
E logo após,
Levemente acariciando a boca.

Deus! Oque se passava na sua cabeça?
A curiosidade me fascina.
Por uma fração, intenções
nada castas invadiram meu corpo.

Apenas por uma fração!

Azul e vermelho, na frente do espelho.
"Não quero ver, não posso olhar."
"Olhe, eu disse!!"
Enrubesci.
O toque, um arrepio, voz rouca, possessão infinita.
Um castigo como benção.
Assim, ali, parados na frente do espelho.
Azul e Vermelho.


Toques de novo e novamente.
Raspada, lambida, molhada, a dentada!
Gemidos, gritos, de dor não digo.
Digo apenas uma coisa: Gemidos!
Conselho, confiança, reconciliação e amor.
Poderes infinitos sobre alguém, é considerado como atentado ao pudor?
Olhos a observavam a todo instante,
outra marca nascia.
Azul e vermelho, na frente do espelho.


Lábios superior e inferior,
de cima e de baixo.
Será que falo da boca?
Língua quente, corpo quente.
Lábio frio, boca ardente.
Mente doente.
"Não quero ver, não posso olhar!"
"Não permito que desvie teus olhos... olhe para nós, ali, na frente do espelho."
Azul e vermelho!!!


Olhei e vi.
Não, não, NÃO!
Sim, sim, SIM!
Por que, meu Deus? Por que?
"Tão gostoso"
"Tão deliciosa"
"Tão possessivo"
"Tão teimosa"
Teimosos, orgulhosos.
Olhos azuis e cabelo vermelho, ali, na frente do espelho.
sábado, 23 de agosto de 2014



curitiba é a casa do artista
e a rua seu palco amado
pode andar por toda a cidade
que verá arte pra todo lado

o céu cinza azul e laranja
vai alternado durante o dia
as diferenças gritam por todo lado
e juntas formam uma bela melodia

cidade linda do meu coração
sempre tão maravilhosa
representa tudo que sou
te guardo no peito curitiba gloriosa


quinta-feira, 31 de julho de 2014

"Pais educam, professor ensina"

Você concorda com isso? Muitos de vocês vão dizer que sim, e é ai que se enganam. A educação vem de casa, sim, mas é dever da escola reforçar esta educação para que as crianças cresçam e exerçam cidadania.
Como podemos cobrar educação de uma criança que tem pais ausentes ou agressivos? Como podemos cobrar educação de uma criança que nem sabe o que isso significa? 
Você pode estar pensando "mas isso é impossível", não, meus queridos, não é. Muitas vezes, o (a) professor (a) é o único exemplo que a criança tem; o professor faz o papel de mãe, pai e amigo(a) da criança. Então, sim, é dever da escola educar, é dever da escola garantir que a criança cressa sabendo seus deveres e seus direitos para que não sofram no futuro. O sofrimento é fruto da ignorância, porque quem conhece seus direitos luta por eles e, consequentemente, consegue ser feliz. Mas não se deve exigir os direitos e ignorar seus deveres como cidadão.
Muitos professores ainda tem um conhecimento limitado sobre cidadania, então como podemos formar cidadãos se nós não exercemos nossa cidadania como devemos? Nós precisamos estar cientes de nossos direitos e deveres, devemos estar cientes do que está acontecendo em nosso país e, sim, isso diz respeito à situação financeira e politica do Brasil.
"Ah mas eu detesto politica", eu também não me interesso muito pelo assunto, mas não deixo de me manter informada. Você não precisa saber absolutamente tudo, mas precisa saber alguma coisa, aliás, você vota. Votar é importante e deveríamos dar mais valor a isso, pois é um ato de cidadania. Infelizmente acabamos tratando com desprezo a politica de nosso país e, sendo assim, além de não exercer nossa cidadania, prejudicamos nosso país só porque é mais fácil "driblar" nossos deveres do que executá-los.
Desde pequenos nós escutávamos que eramos o futuro da nação, mas hoje que crescemos não fazemos nada para mudar nossa realidade. Como será o amanhã de nossos filhos e netos? Se hoje não damos o valor devido à educação, imagine no futuro. Eu não quero que meus filhos cresçam num mundo sem valores, mas para que isso mude nós temos que mudar nosso pensamento.
Hoje nós temos muitos meios de nos informar, a internet é um mar de informações só esperando por nós. Podemos começar a separar uma hora por dia para ler algo informativo e para pesquisar sobre a situação do país. Nós estamos sendo uma nação fraca, em todos os sentidos, e isso é uma lástima. Nós devemos preparar nossas crianças para que elas cresçam e sejam tudo que essa geração não foi. Mentes pensantes, revolucionárias, artistas e políticos competentes que não vão perder tempo com as tolices que tomaram conta dos jovens de hoje (sem generalizar).
Então vamos fazer nossa parte enquanto a escola e os professores fazem a deles. Educaremos em casa para que os professores reforcem nas escolas na esperança de um país melhor no futuro.
segunda-feira, 28 de julho de 2014
Nós precisamos de um pedaço lúdico na nossa triste realidade.

Quando falo sobre isso não quero dizer fadas, elfos, dragões! Embora eu goste muito de todo esse universo, as vezes o lúdico faz falta em minha vida. Gosto do lúdico pelo simples fato de toda a poesia que ele acarreta dentro de si.
Nesses meses que se passaram, achei uma maneira de suprir esse meu lado lúdico, mas sabendo que esta minha fonte de ludicidade está prestes a acabar, entrei em pânico e comecei a pensar em como irei enfrentar agora essa minha nada mole vida!
A realidade é a coisa mais chata que já inventaram, mas ela nos permite criar, imaginar coisar que não existem, essa é a principal função da realidade. 
Criar as fantasias: com dragões, elfos, fadas, princesas, guerras de lanças e espadas. Criar histórias: mafiosos, romances impossíveis, uma luta entre famílias. Criar poemas:  e neles demonstrar seus sentimentos mais profundos, sem precisar de qualquer nexo. E enfim, criar o lúdico: o poético, a fábula, uma estória intrigante, que pode ser doce e ao mesmo tempo cheia de fogo, pode ser engraçada com uma pitada de tragédia, pode ser tudo isso e muito mais.
O lúdico sem dúvida é uma das maneiras mais poéticas e românticas e nunca melosa, que nunca deixa a desejar. Acho que a ludicidade realmente representa o meu jeito mais menina de ser. Aquele romance ardente, tão sincero e doce, mas ao mesmo tempo com todo o fogo que é permitido. Sei que falo muito sobre sexo, então claro que este não poderia escapar da ludicidade em que vivo atualmente. Esse lúdico tem um jeito tão expressivo, sincero, romântico de expressar o ato sexual que eu fico boba de ver. É uma coisa linda e pura, sem deixar se esquecer a essência, lembrando que estamos ali para o sexo. Mas esse mundo lhe envolve de uma maneira tão bonita, que não há como o mais brutal do sexos deixar de ser também, bonito.
Muitos de vocês que leem podem não saber como esse meu mundinho lúdico é importante para mim. Assim como o mundo em que eu me caso com o Bilbo Bolseiro também é. Assim como o mundo onde vivo com os Barbixas também é. Assim como o mundo onde viajo com o Doutor também é. Assim como o mundo onde sou a Luisinha de "Memórias de um sargento de milícias" é também. Esse escape da realidade que essa minha fonte lúdica me proporciona é extremamente importante no meu dia a dia. Foi por ela que comecei a escrever e estou aqui escrevendo hoje para vocês.
Antes, eu tinha um pouco de vergonha de me julgarem por assistir uma novela considerada como "para crianças", mas com toda essa minha experiência de julgamentos e bullyng desde a pré-escola eu apenas pensei "foda-se", oque são julgamentos? Apenas criticas mal estruturadas de pessoas que não sabem nada e não entendem do assunto em questão.
E a questão é essa: Sim, eu assisti uma novela e gostei. Uma novela que foi muito julgada devido ser colorida. Agora me diga, se algo é colorido, ele tem que ser para uma criança? Você vive apenas de preto e branco? Não! Eu particularmente sou uma pessoa que não gosta de coisas fúteis e sim de estórias bem construídas, acontece que as novelas que tínhamos na televisão eram apenas fúteis, nada mais. Cheias de intrigas, tragédias, desgraças, estórias absurdamente absurdas. Foi então que chegou "Meu Pedacinho de Chão".
Uma novela lúdica, somente. Não uma novela pra criança, nem uma novelá idiota. Idiotas na verdade são as pessoas que julgam sem entender. A pessoa que não entendeu a mensagem dessa novela, posso lhe dizer que não tem um cérebro muito culto. Você não precisa gostar em nenhum momento. Mas aprecie pelo menos, a arte que foi usada, seja no figurino ou nas falas das personagens. É arte, pura  e sincera arte. Um livro na televisão.
Eu tenho o costume de dizer que essa novela é nível britânico, e isso vindo de mim tem muito significado.
Pois então, eu quero deixar aqui o meu protesto de que as pessoas não entendem o lúdico como uma fábula poética e libertadora que foi feita para ser apreciada, mas sim como uma coisa de criança, oque é ser adulto afinal pra você? E também para expressar as saudades que sentirei desta fábula amada. Do meu shipp "Ginando" realizado com maestria pelos atores Paula Barbosa e Johnny Massaro, um dia falarei melhor desses dois, por quem tenho tanto amor. Esses dois roubaram a cena na novela. mas o que não tirou fora o talento de Bruna Linzmeyer e Irandir Santos interpretando o casal "Zeliana". E tantos outros destaques como Madame Catarina, Coronel Epa, Seu Pedro Falcão e as revelações que foram Gabriel Sater, Bruno Fagundes e Cíntia Dicker e deram um sapateio em atores não tão bons mas que são aclamados pelo público (como Caio Castro). E sem esquecer é claro dessas crianças amadas, Pituca, Tuim e Serelepe, fofuras!!
Bem, a verdade é que sentirei falta dessa novela, por qual lutei com unhas e dentes para defender das criticas mal construídas de meus colegas de classe. Muito obrigado Benedito Rui Barbosa. Muito obrigado Luiz Fernando de Carvalho, devo muito a vocês. Meus sinceros agradecimentos a Meu Pedacinho de Chão, por essa ludicidade que vem me proporcionando nos últimos quatro meses. Não sei como suprirei esse seu lúdico em minha vida, mas acho que escrever fics e assistir videos Ginando pode resolver.
Aqui estão meus sinceros agradecimentos.
-Nicoly Grevetti


sexta-feira, 25 de julho de 2014
Castelo Ra-tim-bum!
Com esse "movimento" Castelo Ra-tim-bum que está acontecendo em vários lugares e a exposição em SP (por conta do aniversário de 20 anos), pensei em trazer a tona um pouco sobre este programa que fez parte da infância de muitos e que ainda tem um espaço muito especial nos corações de todos que cresceram assistindo.
"Castelo Rá-Tim-Bum foi um programa de televisão brasileiro produzido e transmitido pela TV Cultura. Voltado para o público infanto-juvenil e seguindo uma abordagem pedagógica." diz a Wikipedia. Mas observando cautelosamente, agora sabemos que Castelo Ra-tim-bum foi muito mais que isto. Era um mundo mágico onde todos queriam viver, era uma beleza estonteante que tirava nosso folego e alimentava nossas mentes. Todos os quadros elaborados para nutrir a nossa inteligência, para ensinar princípios morais, ciência, matemática, arte, etc.
Estava assistindo novamente o primeiro capitulo, e confesso que chorei emocionada ao ouvir Morgana (tia avó de Nino) falando sobre medo. Tinha me esquecido da importância que seu personagem teve em minha vida, ou, melhor dizendo, em nossas vidas. Veja um pedaço desse discurso:
"Quando eu era pequena, eu tinha medo de ficar sozinha, medo do escuro, medo de trovão![...] Sabe, Adelaide, eu também tive muito medo dos homens, das brigas, das guerras... Mas ai, eu descobri que tem muitos homens que gostam muito da paz, e lutam por ela. Eu descobri que tive medo, como todo mundo tem, sabe, de tudo que eu não conhecia, de tudo que eu não sabia como funcionava. E ai eu descobri uma coisa: é normal sentir medo, principalmente das coisas que você não conhece!"
É inimaginável o poder que as palavras tem na vida de uma criança, ainda mais quando vem de um personagem tão amado como a bruxa Morgana. Se uma bruxa poderosa de cinco mil anos me diz que é normal ter medo, então está tudo bem. E este é apenas um pequeno exemplo das maravilhas que este programa nos ensinou, das palavras de conforto e da magia encantadora e inovadora.
Um programa de televisão dos anos 90 com um lado psicodélico e sombrio mas que tinha uma beleza deslumbrante e roteiros incríveis. Creio que Flávio de Souza e Cao Hamburger não tinham ideia da dimensão que teria Castelo Ra-tim-bum na vida de muitas pessoas. Um simples programa de televisão que ficou gravado em nossas mentes.
Hoje, infelizmente não temos mais programas como o Castelo para nossas crianças. As crianças estão se tornando vazias, está faltando imaginação, criatividade e aquela maravilhosa "loucura infantil" que nos faz criar mundos só nossos. Não posso culpar inteiramente a falta de programas educativos, porque o mundo da criança não deve girar ao redor da televisão, mas se existissem mais programas assim nós veríamos uma melhora no desenvolvimento de nossas crianças.
Sou feliz por poder ter assistido Castelo Ra-tim-bum quando criança e sou feliz por ter aprendido tanto com personagens tão especiais que jamais esquecerei.
Eu os deixo agora com alguns dos quadros mais marcantes do Castelo: 

                                          

                                         

quarta-feira, 23 de julho de 2014
tempo
como a falta de tempo
toma nosso tempo
nos fazendo esquecer
que o tempo não volta

ignoramos o pouco tempo
mas o pouco tempo já é muito
muito mais que o muito
pois ele não volta

pouco tempo
muito tempo
tempo que passou
tempo que não volta

não dá pra perder tempo
pensando na falta de tempo
porque é perda de tempo
e ele não volta

esquece de procrastinar
e se concentra no tempo
usa ele a seu favor
faz a não volta dele
valer alguma coisa
terça-feira, 22 de julho de 2014
Assim, será que príncipe encantado existe?

Não, né!! Não exageremos, mas um cara bacana, sim. Ele existe, e está a procura de uma menina bacana como você, porque não se dá uma chance de amar?
É, pode não ser fácil assim, eu sei. Por exemplo, eu não tenho um namorado agora e nem estou a procura, mas vai saber...
Você ai, que é teimosa, ou gordinha, ou birrenta, ou "muito concentrada nos estudos e não tem tempo pra namorar", ou "estou esperando um britânico, não namoro qualquer um", ou isso tudo junto, você se esquece, my darling, que quando o amor lhe pegar, há, não tem isso de britânico não!!
Porque é assim. Não adianta. Tu pode ser a pessoa mais indecisa consigo mesmo, mais insegura, mais indefinida, mas se encontrares alguém que te aceites assim mesmo, bah guria, tu serás muito feliz!! Pois eu lhe digo uma coisa tchê, o amor quando lhe pega, mas bah, não há mola neste mundo que afróuxe!
Caso diquê us defeito qui nóis tem, só armenta a idéia di qui si arguém gostá d'ocê vai sê de vredade verdadera mermo! I anssim qui ocê punhá os zói nu dito cujo, ocê vai sabê qui ele foi feito pr'ocê e ocê pr'ele!
A verdade de tudo isso irmãzinha... (longa pausa) ... é qui 'se vai ficá tão caidinha, mais tão caidinha...(longa pausa)... meu rei .... por essi otro irmãozin' ai.... meu rei... qui vão si atracá todo santo dia lá na encruzilhada.... (longa pausa)... i 'se num si avexe não, hein minina!
E assim, seguinte bicho: Tu vai se apaixona pelo brother, tá ligada?! Porque o amor, mina, nada mais é que uma troca de favores, uma troca de olhar, uma troca de carinho, sacomé? Rapá! Tu vai quere tá sempre ali, junto do cara, tá ligada? Porque mano, amor é isso, véi. Quere tá toda hora co seu parça, co seu love, tá ligada?
Expliquei em quase todos os sotaques do Brasil, pra modo de você saber que o amor não tem raça cor, nada, nem a paixão, que é ainda mais cega. Se o amor realmente te pegar, ora, você saberá. Se ele lhe for retribuído, não se avergonhe, se entregue, se liberte, pois o amor é isso, uma peça de teatro.
Seja livre, leve, faça caras, bocas, beije, chore, ria, seja louca, dance, sapateie, viva a dramaticidade do momento, mas nunca esqueça que nessa peça não há personagem, é você e seu amado sendo quem são. 
Se ele se apaixonar por alguém, deve ser por você, pois nada bom vem de alguém que vive uma mentira! Não estou forçando, isso acontece. Quantas vezes você deixou de ser quem era para se encaixar em uma padrão que não é o seu?
No amor, na paixão, minha cara, isso não acontece. Não pode chagar a acontecer. E além do mais, não a nada melhor em saber que alguém lhe ama pelo que você é, com todos os defeitos, de aparência e de perfil.
O amor é sim, a coisa mais pura que pode ser cultivada, pois não escolhe nada, e não, ele não é cego! Claro que você defenderá com unhas e dentes a pessoa amada, não significando que se ela errar irás encobertar. 
Amor é aprendizado, pode ser aprendido, ensinado, cultivado, merecido, amalucado, vibrante, quente, sensual, desejoso, prazeroso, gostoso, delicioso, amoroso!
Então pare de ser chata e fechada e de uma chance ao ato de amar, em todos os sentidos!
O amor é tudo e tudo é amor!

"All you need is love, love is all you need!" -The Beatles





domingo, 20 de julho de 2014
Fecho os olhos.
Vejo o seu corpo.
O reflexo.
A sombra.
Abro os olhos e penso.
Reflito o reflexo.
Penso de novo.
Sinto meu corpo espremido
contra o teu.
Dentro daquelas cabines telefônicas, sabe?
Vermelha ou azul
tanto faz pra mim
Em seguida lembro,
não aconteceu.
Sadness.
Mas o calor estava lá.
Suas mãos estavam lá.
Essas mãos,
que acendem e reacendem o pior de mim.
Um dia ei de toca-las.
Assim como elas irão tocar meu corpo.
Nu.
Agora direi algumas palavras:
Mar,
sexo,
nuvem,
amor,
eroticidade,
seus olhos,
suas mãos,
seu corpo,
você.
Seus olhos de novo e novamente.

Resisto? Não.
Mas você não está aqui,
não agora.
Necessito.
I need.
Exagero meu? Talvez.
Mas em nenhum momento esqueço
seu corpo.
Branco.
Molhado de chuva.
A camisa grudada em seu peito, revelando
os poucos músculos, porém existentes.
No dia que te encontrar,
não serei a mesma, meu caro.
Suas mãos, seus olhos,
seu cabelo, seu corpo
reticências, molhado.
Neste fatídico dia não ouvirás uma palavra
de mim
Pois minha boca estará ocupada fazendo
outra coisa.
Nós dois em uma cabine telefônica.
Vermelha ou azul?
Tanto faz pra mim.


sábado, 19 de julho de 2014
Geada. Neve.
Caía sobre dois amantes.

O frio. O calor.
A mistura de sensações.

O clima estava tão gelado, mas não entre os dois,
a única coisa que faltava era fumaça saindo de
seus corpos quentes
enquanto o ar frio entrava em seus pulmões
e os seus beijos os paravam com borrifões de sensações
quentes, ardentes e picantes.

O cabelo ruivo dela,
encaracolado
embolado em suas mãos.

Os dreads dele,
rebeldes, poéticos, a ajudando
a segurar sua cabeça em seus seios

Pegavam fogo.
Pegavam neve.
Pegavam terra.
Pegavam vida.
sexta-feira, 18 de julho de 2014
Células e mais células
aqui eu vou estudando
células e mais células

A Carioteca é um envoltório nuclear.
Não gosto do núcleo.
A palavra nuclear me lembra a
Guerra, merda!

Nucleoplasma é onde se encontra
o seu material genético
ou seja, essa pequena massa fluída
contém tudo oque você é

Tudo oque você foi
Tudo oque vai ser
Passado, futuro
Antecedentes e descendentes

No Nucléolo temos
o seu DNA, RNA e proteínas.
E com apenas uma divisão
ele se vai.

E foi em 1953 que Watson e Crick
descobriram oque é o material genético.
É a que se auto duplica e carrega toda a sua história.

Apenas o DNA sabe de onde você veio,
mas não sabe pra onde vai.
O material genético nos passa algo muito importante:

Você sabe de onde veio,
mas não sabe pra onde vai.
Viva um dia de cada vez,
não se preocupe com o amanhã!

E eu dei toda essa aula
pra lhe falar apenas isso.
Mas convenhamos que é
um puta de um conselho...
quarta-feira, 16 de julho de 2014
Entenda

Não é que eu não gosto de você
É que eu ainda gosto dele
E isso é um problema

Pior seria se ele gostasse de mim
Seria um problema ainda maior
e esse não seria o único problema

Pois o maior de todos os problemas
seria o fato de eu ter que saber
que estou destruindo alguém por dentro
Como ele fez comigo

Mas o fato é bem maior que o problema
Pois o fato é que eu não gosto dele,
é só uma desculpa
somos apenas bons amigos

E o problema é maior que o fato
Pois o problema é que eu não gosto 
de você desse jeitinho assim.
Nós dois somos apenas bons amigos

Entenda.

domingo, 13 de julho de 2014
Sabe quantas vezes eu já
me imaginei
fazendo amor
com você?

Quantas vezes já sonhei
com você se
apossando de mim
e me amando?

Todas as vezes que
idealizei suas
mãos
massageando meus seios?

E quantas vezes
eu me imaginei te
fazendo segurar a cabeceira 
da cama de tanto prazer?

Pois é, você não sabe.
Nem eu sei.
Já foram tantas.
Perdi a conta.

E nessa ida e volta
de desejos
eu penso:

Como posso sentir falta
de alguém que não
me conhece?
Alguém que eu mesma nunca conheci?
quarta-feira, 9 de julho de 2014
Você me fascina.

Eu estou parada lendo meu livro.
Você vem e senta na minha frente,
você está com seus amigos.
O jeito como você senta me intriga.
As pernas cruzadas,
no estilo índio,
tão incomum pra alguém da sua idade.
O seu all star me enlouquece.
A maneira como você amarra o seu cadarço 
é tão fofa e comum.
Suas mão me torturam mentalmente.
Porque Afinal? Não sei.
Mas adoro elas.
Seu cabelo indefinido me encanta.
Ele é liso? Encaracolado?
Sério! Qual é a do seu cabelo?
O seu perfume é estonteante.
É tão natural, e ainda assim
tão bom.
Como se você tivesse tomado banho
e caído dentro dum balde com água da chuva, tabaco
e perfume francês. 
Você é tão magro e branco.
E ainda assim me esnoba.
Porque você tem que ser tão dramático 
e cheio de si?
Sério! É ridículo.
Você é ridículo.
Oque eu sinto por você é ridículo.
Mas está ai, para todos olharem e admirarem
a minha cara de boba.
E a verdade é que:

Você me fascina.
me deixem ser livre
me deixem gritar
falar o que quero
sem me policiar

não são donos da verdade
nem sabem o que isso quer dizer
palavras bonitas, terno e gravata
pura hipocrisia, você vai ver

todos somos amantes
todos somos errados
no final todos nós
carregamos pecados

joelhos dobrados
não por obediência
todo domingo cedo
só por conveniência

a maior mentira
é dizer que não mente
carregar uma bíblia
mas ser uma serpente

limpe sua alma 
e sua consciência
assim Ele te mostrará
a verdadeira essência
segunda-feira, 7 de julho de 2014

"Em qual dos seus orifícios, posso enfiar meus artifícios?"

 -Johnny Massaro


Sim, foi exatamente isso que você entendeu.

     Mas agora me diga, porque o ato sexual ainda é considerado tabu?
Conversei com algumas garotas, mais experientes no assunto do que eu, para ver oque elas acham. 
    Bem, segundo a blogueira Eveline Carneiro o sexo é considerado um tabu ainda pelos seguintes motivos: "Na minha opinião, sexo ainda é tabu porque revela muito da intimidade da pessoa. É quando você se mostra vulnerável, aberta (sem trocadilho) ao outro. Isso ainda assusta muitas pessoas."
    Ela está certa quanto a este ponto. A maioria das pessoas não trata o ato sexual com naturalidade, e é por isso que a maioria das meninas preferem falar com as amigas do que com os pais sobre esses assuntos. Sim, é desconfortável. Mas porque pessoas como o escritor, ator e diretor Johnny Massaro falam sobre esse assunto tão abertamente, com tanta normalidade? E porque pessoas como ele, são mal vistas pela sociedade? 
    "Elas são mal vistas pela sociedade pelo o que escrevem, mas são respeitadas de mal comentários pelo status que adquirem..." Diz J. K. de 20 anos, que por curiosidade, foi a mulher da sua família que mais demorou a perder a virgindade.
Mas agora, o fato é: Sexo é sim, algo que lhe traz prazer!
   Porque então as pessoas em geral, pois ainda há mulheres formadas que tem essa ideia ultrapassada que o sexo é um ultraje, não discutem abertamente sobre o assunto?
O sexo é na realidade uma coisa muito intima sim, que cabe apenas a você e seu parceiro. Mas porque não podemos discutir o ato sexual como se ele fosse um assunto normal, como talvez, "Aah hoje eu assisti a novela e menina! você não sabe oque aconteceu..", qual é a dificuldade que nós temos de falar sobre tal assunto?
Mas uma vez, Eveline Carneiro nos diz: "Tem pessoas que tem preconceito. Acham que é errado. Isso porque foram criadas a ver o sexo desse modo."
     Exato. É isso. Mas a meu ver o sexo deve sim ser tratado com normalidade, é uma coisa do cotidiano.
     Vivemos em um mundo extremamente capitalista, e sendo assim, vemos o ato sexual por toda parte, pense um pouco e você irá se lembrar. Eu não sou a única que pensa assim, a jovem N. A., de 23 anos diz o seguinte: "O assunto precisa e deve ser tratado nas conversas do dia a dia. É algo normal. Como qualquer outro assunto ele pode ser discutido entre as pessoas. Leio romances eróticos. Vejo filmes sobre o tema. Assisto pornô e não nego. A gente precisa viver nossa sexualidade como queremos e sem que ninguém venha dizer o que pode ou não. O que é certo ou errado. O limite está no respeito ao outro. Se o outro não quer falar sobre eu preciso entender que ele tem todo direito. Mas do mesmo modo eu também tenho o direito de falar e viver o sexo como bem entender."
     E enfim entramos nesse assunto. É correto uma moça assistir pornô ou filmes eróticos? Sim. Quem decide oque é correto ou não é você. Eu por exemplo, adoro os poemas eróticos de Johnny Massaro, e me sinto extremamente confortável e desejada lendo estes. Mas infelizmente, esse é outro assunto considerado tabu pela sociedade. Porque? Sendo que o pornô ou filme erótico são iguais a outros filmes, mas com um apelo sexual. 
    Porém os dados indicam que pessoas que tendem a assistir ao excesso filmes desse gênero, podem sim ter uma ideia errada do ato sexual. Mas sejamos justos, existe uma linha tênue entre um porno barato e um filme erótico. Só que o jeito com que você pratica o ato sexual vai de você, vai de cada pessoa. O jeito que você faz oque você faz, é único, ninguém fará igual. 
      É extremamente normal sentir vergonha de falar sobre um assunto tão intimo, e na verdade é extremamente normal sentir vergonha de fazer algo tão intimo.
      Segundo estudos e pesquisas, 74% das mulheres/garotas sentem-se mais segura quando o quarto está escuro, 72% já disseram não a alguém de quem gostavam muito por timidez e 42% tem vergonha e só falam sobre sexo com a melhor amiga.
      Veja pelo seguinte angulo: O ato sexual não deve te trazer vergonha, mas sim prazer. Você está ali com a pessoa que você gosta, e que tem confiança, lembrando que a confiança é realmente importante, então porque sentir vergonha?
    Faça do jeito que quiser. No escuro, no claro, a luz de velas, no carro, no quintal, na varanda, no quarto, no chuveiro, no trigal, não importa! O importante é que você esteja a vontade consigo mesma e com seu acompanhante.
       E sim, a primeira vez pode ser a mais importante, segundo J. B., eis o porque:
"Se é a primeira vez, a pessoa se sente mais homem/mulher. Fica com um achismo que é mais do que era antes (Tudo Ilusão) Mas é perceptível."
       Mas talvez a sua primeira vez seja importante pra você agora, mas para uma mulher mais velha, a melhor vez dela foi a quarta, a quinta... Enfim, é uma sequência de fatos e manias que cada pessoa individualmente tem.
      Sexo é um assunto complexo, mas é normal, seja ele feito com amor ou feito pelo prazer, não deixa de ser algo normal. E, sim, a aparência não importa!
      E essa é a minha concepção sobre o sexo, ato sexual, fazer amor, trepar ou qualquer outro nome (claro que esse último ai é bem forçado!). Eu acredito que o sexo deve sim ser normalmente tratado pela sociedade, está ai, em tudo que vemos, e não precisa estar explicitamente explicito! É comum, todos fazem, quase todos, mas é isso. O sexo não deve te trazer vergonha, deve te proporcionar prazer, como também para o seu acompanhante. É uma troca mutua de prazeres e deve ser praticado do seu jeito e a seu tempo, com toda a normalidade.

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